Não quero ser sua.
Mas quero ser sua
porque você assim o quer.
Quero o que você quer
e não posso querer isso.
Não quero que você seja meu e quero.
E isso tudo da tesão!
Um tesão de buraco negro infinito.
E amo esse tesão/paixão de corpo e alma.
Mas não posso mais brincar disso...
Brincar de me precipitar no abismo.
Então, se meu sentimento me trair,
terei que partir,
porque não posso compactuar com isso.
Porque não acredito em propriedades no amor.
Sou filha de comunista lembra?!
O amor vem como uma brisa e um dia ele vai...
Se você quer se entregar a brisa isso aceito.
Até porque a brisa sempre me seduz..
Venha, podemos ser seduzidos juntos.
Mas não mais que isso...
Um dia você me disse: "Sou seu"
após eu ter me entregado a você de corpo e alma
e nesse dia, pouco antes de suas palavras
eu tinha olhado pro seu corpo,
pleno de toda a sua alma e pensado: "Meu"
Então senti raiva.
Coisa que não sou de sentir,
gastei toda na minha adolescência,
e vi que era hora de partir.
Me nego a sentimentos vis!
Abro mão do amor, mas me nego a sentimentos vis!
Prefiro estar só do que você ser meu e eu ser sua.
Porque não vivo de ilusões.
Ninguém é de ninguém,
possuir é um dos abismos da existência.
E não quero me perder,
nem no seu corpo/alma (quero!!).
Não posso me perder!
Não vim pro planetoide pra me perder.
Desculpe a minha falta de humano em mim
e talvez até crueldade,
mas sou minhas utopias
sou minha busca,
sou o ato de me encontrar.
Não posso me perder!
Nem por amor.
E se te amo de verdade, posso abdicar te ti.
Então amor,
te amo e te odeio
por te amar humanamente.
Te odeio,
sinto raiva...
De amar assim.
E como odeio o ódio e tenho raiva da raiva...
Sinto medo.
Sinto que chegou a hora do fim.
Não vou jogar minha liberdade e minha luz na areia movediça.
Não vou compactuar com um surto de amor
que crescera em proporções desmedidas (mesmo que lindas e sobre humanas)
Prefiro partir!!! (dói!!!!)
e lutar outras lutas
porque você me faz sua com mestria
e assim você se faz meu...
Assim, o amor dominará apaixonado
e eu serei também você.
E sendo você
perderei parte de mim.
Amo...
Os abismos das paixões.
Mas já me perdi neles.
Não posso me perder de mim!!!!
Então parto
e me reparto
mesmo te amando.
Me reparto,
pra tentar ser só eu de novo.
Autora do livro Grito, Rito, Riso e Gozo, lançado pela Editora Multifoco dia 14 de Julho
quinta-feira, 10 de julho de 2014
domingo, 22 de junho de 2014
Anti- Princesa
Não espero príncipe encantado.
Eu nem sequer sei esperar!!
Eu caço, eu luto,
eu sou a princesa hiperativa...
A princesa que salva o príncipe.
E que mata os dragões.
Eu nem sequer sei esperar!!
Eu caço, eu luto,
eu sou a princesa hiperativa...
A princesa que salva o príncipe.
E que mata os dragões.
quarta-feira, 14 de maio de 2014
Eremita
Na solidão do poeta
rota certa
entre as palavras e as entrelinhas.
Conjugo eu sou,
eu vou,
eu sigo.
É só o que me cabe.
Se quiser venha comigo...
rota certa
entre as palavras e as entrelinhas.
Conjugo eu sou,
eu vou,
eu sigo.
É só o que me cabe.
Se quiser venha comigo...
Labirinto azul
Ela botou seu casaco vermelho e saiu na noite fria.
Precisava pensar com todo aquele vento gélido envolvendo seu corpo.
Pra ela, o vento frio e a umidade eram deliciosas fontes de calor.
E ela queria ouvir bem o canto da noite,
ouvir seus cheiros e sussurros.
Ouvir o que a natureza lhe diria,
e encontrar dentro de si uma resposta ou direção...
Ela queria ser compreendida,
afinal não falava em parábolas...
Queria eco e conexões.
Queria fugir de ruídos e do caos
e encontrar alguém que estivesse além da torre.
De Babel.
Ria...
De gargalhar, pois essa missão parecia impossível.
Solitude era o melhor amigo e amante.
Mas era estranho...
No fundo do fundo do fundo ela sabia,
que ele cruzaria a esquina.
E seu corpo...
Seu caminho e sua alma.
Abriu então sua bolsa,
pra pegar seu estojo de maquiagem
e passar um batom mágico,
que quando ela passava ela desaparecia por algum portal.
E o passou...
Pois não queria que ninguém a visse chorar.
Nem ela mesma, pois sua força vinha da alegria.
Olhou pro céu e evocou...
Buda, Krishna, Jesus e toda a turminha da diretoria!
Será que não dá pra cuidar mais da raça humana...?
Tá foda esse planetinha azul!
Espero um spacebus pra Urano que não vem...
Quero voltar pra Sírius!
Quero voltar pra casa!!
Precisava pensar com todo aquele vento gélido envolvendo seu corpo.
Pra ela, o vento frio e a umidade eram deliciosas fontes de calor.
E ela queria ouvir bem o canto da noite,
ouvir seus cheiros e sussurros.
Ouvir o que a natureza lhe diria,
e encontrar dentro de si uma resposta ou direção...
Ela queria ser compreendida,
afinal não falava em parábolas...
Queria eco e conexões.
Queria fugir de ruídos e do caos
e encontrar alguém que estivesse além da torre.
De Babel.
Ria...
De gargalhar, pois essa missão parecia impossível.
Solitude era o melhor amigo e amante.
Mas era estranho...
No fundo do fundo do fundo ela sabia,
que ele cruzaria a esquina.
E seu corpo...
Seu caminho e sua alma.
Abriu então sua bolsa,
pra pegar seu estojo de maquiagem
e passar um batom mágico,
que quando ela passava ela desaparecia por algum portal.
E o passou...
Pois não queria que ninguém a visse chorar.
Nem ela mesma, pois sua força vinha da alegria.
Olhou pro céu e evocou...
Buda, Krishna, Jesus e toda a turminha da diretoria!
Será que não dá pra cuidar mais da raça humana...?
Tá foda esse planetinha azul!
Espero um spacebus pra Urano que não vem...
Quero voltar pra Sírius!
Quero voltar pra casa!!
Caldeirão de luxurias
Você me perguntou o que eu queria,
me bombardeou de racionalidade...
Quando eu só queria te rever.
Talvez fosse pouco
so isso eu querer.
Mas pra mim era muito.
E você me interrogou,
me intrigou,
me julgou,
deu até um veredicto
e me stressou.
Me senti na Santa Inquisição...
(E sou bruxa.)
Ai, a vontade passou.
Natasha Treuffar
me bombardeou de racionalidade...
Quando eu só queria te rever.
Talvez fosse pouco
so isso eu querer.
Mas pra mim era muito.
E você me interrogou,
me intrigou,
me julgou,
deu até um veredicto
e me stressou.
Me senti na Santa Inquisição...
(E sou bruxa.)
Ai, a vontade passou.
Natasha Treuffar
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